segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A Conexão entre a Família Real Britânica, Monarcas Europeus e Madre Tereza de Calcutá



Por Dra. Renata Hines (renata.hines@virginmedia.com)


A família real britânica é conhecida por ser extremamente conservadora e encarnar os ideais tradicionais de família e de serviço público, mas eles também são conhecidos por ter especial apreço e até mesmo defender certos tratamentos não convencionais que realmente funcionam, mesmo se a medicina convencional não aceita-os. Tais foram suas experiências com terapia da fala do Sr. Logue e a respeitada e amplamente praticada, mas muitas vezes incompreendida, ciência e arte da medicina homeopática. 
“Eu acredito que o que impede os homens de aceitar os princípios homeopáticos é a ignorância, mas a ignorância é criminosa quando vidas humanas estão em jogo. Nenhum homem honesto diante dos fatos da homeopatia pode se recusar a aceitá-la. Ele não tem escolha. Quando eu tive que encara-la, eu tive que me tornar um seguidor. Não havia escolha, se eu fosse para continuar a ser um homem honesto…..A verdade sempre exige adesão e não oferece nenhuma alternativa.” -    Sir John Weir, médico do rei George VI e de quatro gerações de monarcas britânicos

O filme "O Discurso do Rei" retrata a história do rei George VI e seu terapeuta da fala, Lionel Logue.  Lionel Logue não era médico nem um terapeuta da fala convencional, mas suas estratégias de tratamento foram impressionantemente bem-sucedidas.


Contudo, o rei George VI não foi o primeiro nem o último da realeza britânica a usar e se beneficiar da homeopatia. 

A rainha Adelaide (1792-1849), esposa do rei William IV, tornou público o seu especial interesse nesta "nova medicina" em 1835. 

Outros aristocratas britânicos também tinham interesses comuns ao da rainha pela homeopatia. 

Incluindo o Marquês de Anglesey que cruzou o Canal da Mancha para ir a Paris para ter tratamento homeopático pelo fundador da homeopatia, Dr. Samuel Hahnemann (1755-1843).

Os médicos convencionais da corte não  puderam ajudar os  sintomas graves da rainha Adelaide.  Ela, então, chamou Dr. Johann Ernst Stapf (1788-1860), um dos colegas mais antigos e fiéis de Hahnemann. Ele a curou, criando o primeiro de muitos adeptos da homeopatia entre realeza britânica.


Desde há muito tempo, vários reis e rainhas da Inglaterra  têm procurado abertamente cuidados médicos de homeopatas. 

A rainha Vitória (1837-1901) foi tratada pelo Dr. Frederick Quin, que era  o  médico homeopata pessoal do príncipe Leopold da Bélgica, e o tio-avô do príncipe Albert, marido muito amado da Victoria ( seu caso de amor foi narrado no filme “A jovem Rainha Vitoria).

A princesa Mary, que mais tarde tornou-se rainha Mary (1865-1953), esposa do rei George V, liderou esforços para captação de recursos para mover e ampliar o Hospital Homeopático de Londres.  

O rei George V (1865-1936) aprecio muito a homeopatia, pois esta lhe proporcionou o benefício prático por tratar o seu enjôo do mar, uma condição que ele tendia a sentir muito, porque gostava de velejar. Foi tratado desta condição com Tabacum, uma dose homeopática de tabaco que foi prescrito pelo seu médico homeopata, Dr. Sir John Weir (1879-1971). 

O fumo do tabaco é conhecido por causar sintomas de tonturas e náuseas, doses homeopáticas deste medicamento pode ajudar a aliviar os sintomas comuns experimentados com enjôo.

Ironicamente, seu filho, que mais tarde se tornou o rei George VI (1895-1952), teve uma experiência completamente diferente com tabaco. Ao contrário de seu pai, ele era cronicamente dependente de tabaco levando- o à morte precoce.  
Ainda assim, o rei George VI apreciava bastante a homeopatia e chegou a nomear um cavalo de corrida de  prêmio com o nome Hypericum , apos um medicamento homeopático que é notável para danos aos nervos.

A esposa do rei George VI foi Elizabeth Bowes-Lyon (1900-2002), que teve duas filhas, Elizabeth e Margaret

Elizabeth Bowes-Lyon tornou-se conhecida como "Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe", para diferenciá-la de sua filha a Rainha Elizabeth II (1926-) de hoje.

Sabe-se que a rainha Mãe apreciava o medicamento homeopático Arnica; chegando  a afirmar: "Acho que Arnica é o medicamento mais maravilhoso e todos os médicos, inclusive aqueles não treinados em homeopatia, deveriam usar Arnica." 

Já na sua época ela percebeu que algumas pessoas eram céticas a homeopatia, mas ela sabia que esse ceticismo era comum em pessoas que não entendiam a homeopatia ou simplesmente não a utilizavam. 

A rainha Mãe comumente usava Arnica em seus cães sempre que se feriam e incentivou seus amigos a usá-lo.


Sabe-se que quando em viagem em seus compromissos oficiais, a bagagem da rainha Elizabeth II inclui 60 frascos de medicamentos homeopáticos armazenados em um estojo de couro especial e sem os quais ela não viaja para nenhum lugar.   

Ela prefere tratamento homeopático a  medicina convencional. Também é de conhecimento geral que o homeopata da Sua Majestade a Rainha Elizabeth II é o Dr. Peter Fisher.

O crescimento inicial da homeopatia na Inglaterra em meados dos anos 1800 foi possível, em grande parte graças ao apoio real e da aristocracia britânica. 

O primeiro homeopata britânico da realeza britânica, Dr. Frederick Quin, foi um filho da Duquesa de Devonshire (1765-1824), e, portanto, foi um aristocrata. Quando Quin começou sua prática homeopática em tempo integral, em Londres, em 1832, ele tratou principalmente de membros de sua própria classe nobre.

Atualmente, sabe-se que a homeopatia foi também muito defendida por monarcas europeus.

O britânico Sir John Weir não foi apenas o médico homeopata do rei George VI.
Ele também forneceu tratamento homeopático para seis outros monarcas, incluindo o rei Edward VII, George V, Edward VIII, duque de Windsor, George VI, Rainha Elizabeth II, rei Gustavo V da Suécia (1858-1950), e o rei Haakon VII da Noruega (1872-1957).

Vale a pena ressaltar que membros da realeza britânica não foram os únicos nobres a abraçar e defender a homeopatia*. Em meados do século 19,  77 médicos homeopatas serviram como médicos pessoais para monarcas e suas famílias. 

Napoleão III e a imperatriz Eugénie da França eram conhecidos defensores da homeopatia.

De fato, Napoleão III chegou até a concedeu a Cruz da Legião de Honra do Cavaleiro ao  médico homeopata da família, Dr. A J Davet, bem como ao Dr. Alexandre Charge pelos seus resultados notáveis ​​usando remédios homeopáticos no tratamento de pacientes com cólera; e também ao  Dr. J. Mabit por seu trabalho como chefe de um hospital em Bordeaux, onde ele consistentemente descobriu que o tratamento homeopático era muito eficaz.

Ao fazer uma pesquisa profunda percebemos que inúmeros reis, rainhas e príncipes da Alemanha, Áustria, Itália, Espanha e Prússia eram conhecidos defensores da homeopatia, assim como eram o Czar Nicholas e Czar Alexandre II da Rússia. 

Percebemos também que apesar do imenso poder que esses monarcas tinham naquela época, a resistência à homeopatia por médicos convencionais foi tão forte que esses monarcas foram incapazes de superar o poder econômico dos médicos e farmacêuticos alopatas da época. 

Um repórter observou que até os czares da Rússia foram incapazes de quebrar "a muralha da China, através da qual a hierarquia médica circunda seu domínio".

Ainda assim e apesar de todo este poder da classe dos médicos e farmacêuticos alopatas, esses monarcas puderam exercer a sua vontade livre em relação a qualquer dos sistemas de cuidados médicos, e eles consistentemente escolheram o tratamento homeopático, fazendo a homeopatia "o medicamento real."


O fato de que família real da Grã-Bretanha ser forte defensora da homeopatia, às vezes dá às pessoas a imagem incorreta da homeopatia como sendo como um tratamento médico principalmente para a classe alta.

Aqueles de nós envolvidos na homeopatia tem maiores e melhores  conhecimentos e experiências. Sabemos que a homeopatia pode ser de grande valor para quem está doente.

Contudo, o fato de que a homeopatia é praticada na Índia por profissionais de saúde treinados mais do que em qualquer outro lugar do mundo fornece algumas evidências de que a pessoa não precisa ser rica para experimentar os benefícios da homeopatia.


Na Índia,  no momento, existem mais de 100 cursos de medicina homeopática  em faculdades  e de duração de 4-5 anos.

Cuidar dos pobres não era novidade para Madre Teresa. Ela  trabalhou com e para os mais pobres entre os pobres por mais de meio século. Ela trouxe uma mensagem de amor a eles, e suas Missionárias da Caridade têm fornecido assistência médica a milhões de pessoas. 


Os médicos e outros profissionais que trabalharam em suas missões não simplesmente prescrevem medicamentos convencionais, mas também prescrevem medicamentos homeopáticos. Madre Teresa tinha um interesse especial na medicina homeopática devido à sua eficácia e baixo custo.

Quatro dispensários homeopáticos funcionam sob a orientação das Missionárias da Caridade da madre. 


Um desses dispensários fornecem medicamentos homeopáticos principalmente para crianças pobres e doentes em Calcutá, enquanto os outros três fornecem medicamentos homeopáticos para quem precisa deles. Considerando os graves problemas de saúde que as pessoas pobres na Índia sofrem, é verdadeiramente miraculoso que os medicamentos homeopáticos são tão eficazes como o principal método de tratamento para muitas crianças e muitos adultos.

Madre Teresa abriu seu primeiro dispensário homeopático de caridade em Calcutá em 1950. Ela também prescrevia medicamentos homeopáticos a si mesma.


Dra. (irmã) M. Gomes, uma médica que trabalha na missão da Madre Tereza em Calcutá  desde 1945, observa que um dos obstáculos para a propagação da homeopatia no trabalho de Madre Tereza é financiamento inadequado para hospitais homeopáticos. No momento, várias irmãs estão estudando homeopatia em uma faculdade de medicina homeopática, a fim de melhorar os cuidados que podem oferecer às pessoas pobres.




Outra razão  muito poderosa e insidiosa contra a propagação da homeopatia pelo mundo, e que fez com que Samuel Hahnemann e sua família sofressem muito, e que ainda causa muito sofrimentos  a homeopatas é o preconceito, ignorância, além da manipulação e falsa informação veiculada pelas companhias farmacêuticas, uma vez que a disseminação da homeopatia é uma grande ameaça ao lucros destas.





*Advertência:   Por favor, note que a homeopatia a que me refiro em estes artigos é a Homeopatia Unicista ( Classical), o único tipo de homeopatia que foi experimentada, testada e comprovada  por Dr. Samuel Hahnemann e seu seguidores, muitos dos quais extraíram da filosofia de Swendenborg para melhor explicar o ser ternário que é o ser humano. 

A Homeopatia verdadeira e propriamente dita ( Unicista ou Classical) tem sido deturpada imensamente de acordo com a moda vigente e a preguica do pseudo-homeopata, com muitos se intitulando “ homeopatas” e usando de remédios homeopáticos mas de maneira alopática. 

Aquele que pratica a homeopatia verdadeira, isto é, a Homeopatia Unicista ( Classical) deve seguir os 8 princípios homeopáticos, que podem ser lidos aqui: http://www.rhineshom.co.uk/homeopatia.html

 



3 comentários:

  1. Ótimo relato histórico, onde pessoas formadoras de opinião são citadas de forma tão oportuna.
    Realmente o grande problema da homeopatia é a grande facilidade de alguém se dizer homeopata, pois quando acontecer um erro de prescrição, dificilmente este profissional terá condições de contornar a situação.
    Que Deus abençoe a todos na construção do bem!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pelo comentário e participação. Concordo com a observação feita! Existem colégios "homeopáticos" lançando "homeopatas" no mercado sem preparo mínimo algum. Eu diria que qualquer "homeopata" qualificado/formado depois do ano 2000-2001 deve-se tomar com grande cautela, pelo menos aqui no Reino Unido!

    ResponderExcluir