sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A Febre e seus Benefícios (Parte Final) - Remédios Homeopáticos para a febre

Por Dra Renata Hines (renata.hines@virginmedia.com)


O seguinte artigo fala sobre apenas quatro remédios homeopáticos que ajudam a febre em crianças. Existem outros, mas estes são os principais.


Febre Um obstáculo ou uma ajuda?

A febre é a maneira natural do corpo de combater a infecção. Ela estimula o sistema imunológico a funcionar mais rapidamente e cria um ambiente hostil contra os organismos invasores

Se a febre do seu filho é reprimida com drogas redutoras de temperatura, o corpo deixa de responder o mais rápido que podia, e a infecção será provavelmente mais prolongada ou ent
ão piorar. Processos metabólicos importantes também são interrompidos e pesquisas indicam que há maior risco de desenvolver-se outros problemas de saúde mais profundos como a asma.




Tradicionalmente, a homeopatia tem sido utilizada para administrar a febre de forma segura, sem causar qualquer um dos problemas citados acima

Ela corrige o desequilíbrio subjacente, estimula a capacidade natural do corpo de auto-cura, e reduz significativamente o tempo de recuperação. Com um pouco de conhecimento, é também simples de se usar em casa. 

Os seguintes remédios são apenas quatro daqueles comumente usados ​​para febre. Por favor, antes de tratar uma febre, esteja consciente do mecanismo da febre. 

A explicação longa e detalhada sobre a febre e seu papel benéfico para o organismo pode ser encontrado nos artigos anteriores a este que  estão arquivados neste blog. Encontrados em ordem cronologica aqui: 



http://renata-hines-homeopatia.blogspot.co.uk/2014/08/a-febre-e-seus-beneficios_5.html

http://renata-hines-homeopatia.blogspot.co.uk/2014/08/a-febre-e-seus-beneficios-parte-3.html

 Os remédios homeopáticos não são para serem usados como paracetamol e outros antipiréticos alopáticos, isto é, repetidos frequentemente e mecanicamente.




Quatro Diferentes Tipos de Febres e Quatro Remédios Homeopáticos



1. Acônito (Aconite napellus)

Para a fase inicial de febre quando o seu início é rápido e intenso, e a febre é alta. A febre pode ter sido precedida ou causada por um choque (emocional ou físico) ou mesmo medo, ou por uma exposição a um vento frio e seco. A criança se apresentará agitada, inquieta e ansiosa. Elas estão geralmente transpirando e sedentas por bebidas frias. As pupilas podem se apresentar constritas.


















Aconite napellus



2. Beladona (Belladonna)

Febre repentina, violenta, que pode levar ao delírio. A criança terá um rosto vermelho ou ruborizado brilhante - especialmente nas bochechas (lado direito da face pode estar mais corada que a bochecha esquerda). Enquanto a cabeça estará normalmente quente, as mãos e os pés estarão frios

As pupilas estarão dilatadas com uma dor de cabeça intensa, que é geralmente de natureza latejante. A criança sentirá a dor de cabeça melhor quando sentar-se e pior quando deitar-se, ou ser colidida ou mexida/agitada. A criança vai se sentir mais confortável em uma sala escura e demonstrar uma avidez por bebida de limão, limonada ou água fria. Ela também pode estar sem sede e / ou especialmente transpirando. As queixas que geralmente desencadeiam este tipo de febre são: infecções do ouvido médio e amigdalite e normalmente estão localizadas no lado direito.













Atropa belladonna em flores













Atropa belladonna (frutos). Os frutos são usados na preparação deste remédio homeopático.


3. Ferro fosfórico (Ferrum-phosphoricum)

É útil para o primeiro estágio de uma doença aguda quando a inflamação está presente, mas ainda é muito cedo para sintomas bem definidos. A febre pode ser alta, mas seu início não é tão rápido ou tão intenso como é visto com uma febre tipo Beladona ou Acônito. 

O rosto da criança geralmente é corado e pode estar avermelhado com manchas nas bochechas. Às vezes, haverá palidez da face. 

A criança pode muito bem estar inquieta e alerta, mas não ansiosa como com uma febre tipo Beladona ou Acônito. Pode haver vermelhidão das amígdalas ou ouvido, mas se pus está presente, ou a secreção nasal é grossa, Ferr-p não será mais útil. 

A criança pode recusar a carne ou o leite, mas estará sedenta por água.














Ferrum phosphoricum




4. Pulsatilla pratensis (Puls.)

A febre que necessita a Pulsatilla pode ser tanto alta ou como baixa, mas a criança vai estar pegajosa, isto é, se agarrando a você e se aborrecendo facilmente

Elas querem afagos constantes e carinho, subindo para o seu colo e aconchegando-se quando você se sentar. Elas se sentem pior com o calor e em quartos abafados, mas se sentem muito melhores quando são gentilmente carregadas no colo ao ar fresco/livre. 

Elas também não têm sede com a febre e o humor varia rapidamente e facilmente​​.












Pulsatilla pratensis




Instruções 

um comprimido ou glóbulo e observe a reação. Observe-a por 2 horas. Quando o remédio age positivamente a criança adormece, ou acalma-se. 

Se nada mudar: dê mais uma dose. Uma vez que você notar uma melhoria, dê próxima dose do remedio homeopático (um glóbulo) apenas quando os sintomas começarem a retornar

Se não houver melhora em tudo depois de três doses, escolha um remédio diferente.

Quando procurar ajuda 

Esteja ciente de que uma febre prolongada, membranas mucosas secas, uma temperatura superior a 40.5C, uma erupção cutânea com manchas, rigidez do pescoço, ou fraqueza, sonolência e letargia, pode indicar algo mais sério do que uma simples febre

Se estiver preocupado com a gravidade ou a causa da febre, ou se a criança tem menos de 4 meses de idade, por favor, consulte o seu profissional de saúde.

Este artigo fornece informações gerais para ajudar as pessoas a entender a cura homeopática, filosofia ou os processos fisiológicos naturais do organismo, mas não é um substituto para aconselhamento médico pessoal do profissional de saúde, médico  convencional, médico homeopata ou homeopata profissional.





sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A Febre e seus benefícios

Por Dra. Renata Hines  (renata.hines@virginmedia.com)


Um estudo de duração de 7 anos abrangendo 441 crianças evidenciou que  pegar doenças que causam febre durante o primeiro ano de vida reduziu o risco na crianças no desenvolvimento  de sensibilidades alérgicas. Um episódio de febre durante o primeiro ano teve pouco efeito, mas dois ou mais episódios pareceram dar mais proteção.
 


No. de episódios de febre
Doença atópica*
Serologia atópica**
Sensitização Alérgica
0
30.0%
43.4%
50.0%
1
31.3%
39.7%
46.7%
2 ou mais
26.0%
25.0%
31.3%


* asma, febre do feno ou eczema.

** uma alergia especifica
(10515) Williams,LK et al. Allergy & Clinical Immunology 2004;113(2):291-96



Isto é sugestivo de que sempre que possível, a febre não deve ser suprimida ou reprimida, mas deve-se  permiti-la  seguir  seu curso.

Reprimir a febre, reprime-se o sistema imunológico



Grande parte da medicina moderna convencional esta relacionada com repressão de sintomas, principalmente febre, na crença equivocada de que, se não tratada, ela irá subir para um nível perigoso, levando à convulsão ou danos cerebrais. Isto não é geralmente o caso. Um mecanismo do corpo que ainda não se pode explicar totalmente geralmente previne a temperatura alta induzida por infecção a atingir um nível perigoso (41 ° C/106 ° F).


 Uma boa febre é um sinal de que o sistema imunológico foi ativado: (1) um motivo para se alegrar. A única exceção é em bebês com menos de dois meses de idade, cuja barreira sangue-cérebro não está completamente formada. Se vírus ou bactérias entram no cérebro há um maior risco de meningite, sendo uma das razoes  pelo qual muitos profissionais de saúde são a favor de que a administração de vacinas nessa idade seja interrompida. (Algumas vacinas, por exemplo, MMR, causam uma resposta febril em 50-60% dos bebês vacinados).


A febre desempenha um papel vital na luta contra a inflamação bacteriana / viral. Muitos estudos têm mostrado que deixar a febre seguir seu curso aumenta as taxas de sobrevivência, (2) como em um estudo realizado durante a epidemia de sarampo  de 1967 em Gana.








Quando a epidemia começou, os médicos seguiram a prática padrão e trataram todos os casos com sedativos, antipiréticos (medicamentos para baixar a febre), como aspirina e tylenol, supressores de tosse e, às vezes, antibióticos, antimaláricos e transfusões de sangue.

Um terço dos casos de crianças morreu, mas os médicos notaram que os sobreviventes tendiam a ser os que  aparentavam estarem mais doentes, desenvolvendo temperaturas bem mais altas, com o desenvolvimento das piores erupções e grande fluxo (processo de eliminação agravado)  de bastante muco e pus.

As crianças que aparentavam estar menos doente no início de sua doença tenderam a desenvolver pneumonia fatal. *
Os médicos decidiram parar de dar sedativos, antipiréticos e antitussígenos ( medicamentos supressores de tosse). Eles continuaram a dar antibióticos, antimaláricos e transfusões de sangue  em casos que necessitavam destes;  e  as mortes caíram de 35% para 7%. 
A equipe de investigação concluiu que era perigoso  suprimir/reprimir uma "descarga/ um processo de eliminação inflamatória" (ou seja, febre).
O uso de medicamentos que suprimem  a febre pode aumentar a duração e gravidade de uma doença. (3)
A aspirina foi comumente utilizada para suprimir a febre até que foi vinculada à síndrome de Reye, uma doença muitas vezes fatal que afeta o cérebro e fígado. Médicos, então, mudaram para o "muito mais seguro" paracetamol (acetamonifeno) mas esta agora tem sido associada ao aumento do risco de insuficiência hepática fatal. 

Health Canada  está particularmente preocupada que os pais não se dão conta que muitas preparações anti-gripe e anti-resfriados contêm paracetamol. Suprimir uma febre com uma preparação e um corrimento nasal com outra poderia facilmente levar a overdose. Uma dose excessiva (overdose de paracetamol), geralmente não intencional, e agora listada como a principal causa de insuficiência hepática aguda no EUA.
* A supressão de inflamação pode também explicar a experiência dos EUA em relação ao sarampo, onde programas de vacinação de massa (e às vezes obrigatórias) ter conduzido a idade média de se pegar sarampo para 17-20 anos de idade.   Devido a progressão da doença ser diferente quando pego nesta idade, ele é conhecido como o sarampo "atípico", e traz um risco muito maior de se desenvolver pneumonia quando pego entre 17-20 anos.
Homeopatas também relatam observar o mesmo modelo ocorrendo dentro da clinica homeopática. Também observam que crianças que recebem menor número de vacinas, se tornam mais saudáveis  do que aquelas que receberam maior número destas.  - Artigo a ser continuado  na edição 635 deste jornal.
[1] e.g. Science 1975;188(4184):166-68
Paediatrics 1980;66(5)720-23, Lancet 1991;337
[2] Infectious Disease Clinics of North America 1996;10(1):1-20 & 211-16
[3] Lancet 1997;350:704-09
Acta Paediatrica 1994;36(4):375-78
Paediatric Infectious Disease 2000;19(10):983-90
Pharmacology 2000;20:417-22
Archives of Internal Medicine 2001;161(1):121-23


Este artigo fornece informações gerais para ajudar as pessoas a entender a cura homeopática, filosofia ou os processos fisiológicos naturais do organismo, mas não é um substituto para aconselhamento médico pessoal do profissional de saúde, médico  convencional ou médico homeopata e homeopata profissional.


Artigo publicado no jornal Brazilian News de 05/08/2014, edição 633.











 


 


sábado, 21 de agosto de 2010

A Febre e seus Benefícios - A Fobia da Febre


Por  Renata Hines (renata.hines@virginmedia.com)


Continuando a parte 2 do artigo acima publicado neste jornal em 19/08/2014.





A febre é um aumento da temperatura do corpo acima da "faixa normal." 

Contudo a definição de "normal" pode variar de pessoa para pessoa. A temperatura corporal também varia de acordo com diferentes níveis de atividade e em diferentes momentos do dia.

Como regra geral, uma temperatura de mais de 37.5°C ​​ é classificada como uma febre.

Como podemos ver acima, existem várias causas de febre, mas são mais comumente associadas com dezenas de diferentes vírus, bactérias e parasitas que causam infecções respiratórias das vias superiores, pneumonia, diarreia e infecções do trato urinário.

Ocasionalmente, uma febre pode ser causada por uma infecção mais grave, tal como a pneumonia, ou meningite.

Os sintomas que podem ser indicativos de uma doença mais grave incluem:



• estar extraordinariamente sonolento

• recusa a se alimentar, em especialmente líquidos

• ter uma erupção cutânea sem branqueamento (uma erupção cutânea que não se desvanece quando um copo é pressionado firmemente contra a pele, o que é conhecido como o teste de vidro) 

• um choro contínuo ou agudo.


Se você está preocupado com seu filho, procuro o seu medico para determinação de algo serio ou não.

Febre em Crianças

Febre em crianças pode ser assustadora, principalmente porque as febres são mal interpretadas e compreendidas.

Quando micro-organismos infecciosos invadem o corpo, é a febre que nos chama a atenção. No entanto, apesar de seu reconhecimento universal, pouco se sabe sobre como ela ocorre.

A explicação atualmente fornecida e entendida é que quando um infectante entra no corpo, o corpo ativa suas respostas imunológicas inatas, que incluem o lançamento de mediadores complexos com nomes igualmente complexos: citocinas, moléculas pirogênicas que inclui o fator de necrose tumoral alfa (TNF), interleucina (IL-1β) e interleucina (IL-6). 

Estas substâncias sinalizam a parte do cérebro chamada hipotálamo para aumentar o termostato do corpo, que por sua vez leva a calafrios e tremores para aumentar a taxa metabólica. 

A perda de calor é minimizada, restringindo o fluxo de sangue para a pele, dando-lhe uma aparência pálida. Aqueles que estão com febre podem perder o apetite e a maioria sente-se letárgica, com dores pelo corpo e cansaço.

No entanto, contrariamente a necessidade reflexa ou reflexa das pessoas de dar uma aspirina para a febre, uma temperatura elevada pode ser a expressão de o sistema imunológico estar trabalhando no seu melhor. 



O número de células brancas do sangue é aumentado e cascatas de moléculas inundam o fluxo de sangue, em perseguição rápida dos invasores do hospedeiro. 

A febre prejudica a capacidade das bactérias e dos vírus de se replicarem, criando um ambiente inóspito para organismos invasores. 

Ao aumentar o calor, os micróbios invasores não podem replicar-se e, por definição, morrem. A febre resulta em vencer a guerra contra um micróbio rebelde.

Fobia da Febre

A febre é, certamente, uma das razões mais comuns que os pais procuram atendimento médico para seus filhos.

Como já mencionado na parte 2 deste artigo;  um artigo publicado por Dr. Barton Schmitt,em 1980 continha os resultados de uma pesquisa em que 81 pais foram convidados a responder questionários sobre seus entendimentos sobre a febre. Todos os pais estavam indevidamente preocupados com febre baixa, com temperaturas de 38,9 ° C ou menos.

A maioria dos pais (52%) acreditava que a febre com uma temperatura de 40°C ou menos pode causar sérios efeitos colaterais neurológicos. 

Como resultado, quase todos os pais no estudo trataram a febre agressivamente: 85% deram medicamentos contra a febre e 68% usou do método de passar a esponja na criança com água morna mesmo com uma febre abaixo de 39,5 °C. Suas preocupações demasiadas foram denominadas por Schmitt “fobia da febre".

Em 2001, um estudo de seguimento foi conduzido para ver se as tendências da "fobia a febre" tinha mudado. O estudo procurou explorar atitudes atuais de pais em relação à febre e comparar essas atitudes com os descritos por Schmitt em 1980. 

Os resultados do estudo foram perturbadoramente pior do que a fobia da febre relatada por Schmitt, 20 anos atras:


Dos 340 responsáveis por crianças entrevistados, 56% relataram que eles eram "muito preocupados" com os danos potenciais que a febre pode causar a seus filhos. 

Em comparação com 20 anos atrás, maior número de pais enumerou convulsões como um perigo potencial da febre, acordou seus filhos no meio da noite e verificaram temperaturas mais vezes durante doenças febris e deram medicamentos contra a febre ou iniciou o método da esponja em água morna com mais freqüência em temperaturas normais. 

Ainda 44% consideraram 38,9°C ser uma febre alta, e 7% pensava que a temperatura pode sair do controle e atingir temperaturas superiores a 43,4 ° C, se não tratada. 

Quase todos os profissionais de saúde (91 %) acreditam que mesmo uma febre de baixo grau podem causar efeitos prejudiciais. Os piores problemas enumerados foram lesão cerebral (21%) e morte (14%).

Surpreendentemente, 25% dos pais admitiram terem dado medicamentos contra a febre para febres inferiores a 37,8 ° C; e um total de 85% dos pais acordaram suas crianças no meio da noite para dar medicamentos contra febre. 

A pesquisa revelou que 14% escolheram acetilaminofenol, e 44% optaram por ibuprofeno; no entanto, ambos foram dados em intervalos de dosagem com frequência demasiada. 

Quando se tratava de banhos para refrescar as crianças, 73% afirmaram que usaram do método da esponja com água tépida na criança para tratar uma febre baixa. 

No entanto, 24% usaram do método da esponja em febres de temperaturas inferiores a 37,8 ° C e quase 20% adicionou álcool na água do banho frio.

O estudo também revelou que quase um quarto dos entrevistados alternava o uso de paracetamol e ibuprofeno durante a doença febril da criança. 

Esta é uma prática comum, apesar da falta de provas para apoiar a eficácia e a segurança dessa prática. 

Um estudo realizado por Mayoral e outros em maio de 2000 relatou que 50% dos pediatras pesquisados ​​afirmaram que aconselharam os pais a alternarem paracetamol e ibuprofeno usando vários regimes, apesar de não haver nenhuma evidência para suportar este pratica.


Preocupante, mas não surpreendente, foi que 46% dos responsáveis por crianças enumeraram os médicos como sendo principal recurso para obter informações sobre a febre. 

Quando da obtenção da história da doença de uma criança, os prestadores de cuidados de saúde pediátricos muitas vezes são rápidos a perguntar sobre a importância e o valor de uma temperatura elevada.

As instruções aos pais depois de uma visita ao médico, muitas vezes incluem o retorno se a temperatura da criança suba para além de certo nível ou se a febre persistir. Mas enfatizando a temperatura da criança, sem fornecer quaisquer informações sobre de quando a febre deveria ser motivo de preocupação e de quando permitir a febre persistir para ajudar o corpo a curar-se somente aumenta a ansiedade e serve para perpetuar a fobia à febre.

A ansiedade de pais de uma criança com febre pode ser agravada pela falta de conhecimento sobre a importância da febre na doença. 

Na verdade a fobia em relação a febre é muito provavelmente fomentada pela própria comunidade médica em geral. 

Quando os profissionais de saúde dizem aos pais para dar a medicação quando a temperatura sobe acima de certo nível, digamos 38°C, muitos pais assumem automaticamente que a febre é "perigosa" a esse nível e o resultado é dar drogas para mantê-los fora de danos.


Na realidade, o propósito dos métodos contra a febre é proporcionar conforto conforme o corpo combate a infecção. Se os médicos fossem claros sobre isso, haveria muito menos “fobia da febre" por ai.


Confirmando ainda o problema com a desinformação sobre a febre, May e Baucher publicaram um estudo na revista Pediatrics revelando que as instruções dadas aos pais sobre a administração da febre em casa são muitas vezes tristemente incompletas e carecem de consistência. 

O estudo que analisou as informações dadas aos pais ou responsáveis durante as visitas com filhos doentes, descobriu que 10% dos profissionais de saúde quase nunca discutiram a definição de uma "febre alta"; 25% quase nunca discutiram os perigos da febre, e, infelizmente, um total de 15% quase nunca discutiu as causas de febre, assumindo que os pais entenderam a importância da febre.

Se os pais entendessem a importância da febre e de como dar apoio adequadamente a sua criança durante uma febre, os pais adquiririam um nível de conforto e entendimento em relação aos cuidados de uma criança doente.  Eles iriam se livrar do estresse desnecessário das visitas ao medico e também ao departamento de emergência de hospitais e, acima de tudo, seus filhos se beneficiariam de febres que combatem infecções.

A preocupação dos pais sobre a febre não se justifica, mas é compreensível sem informações adequadas. Educação em saúde para combater a “fobia da febre" deve ser uma parte da rotina de cuidados médicos para as crianças.


Quando é febre prejudicial?



Além do efeito benéfico da febre no sistema imunológico, é importante notar que o corpo tem uma forma de se proteger de temperaturas muito elevadas. Muitos pais não têm conhecimento deste processo e acreditam que as temperaturas vão continuar a subir para níveis potencialmente letais se não tratadas. 


Na ausência de fatores avassaladores, como desidratação extrema e circunstâncias perigosas, como por exemplo, largar a criança trancada em um automóvel fechado, a temperatura de uma criança normal não vai subir fora de controle para níveis potencialmente letais. Por isso, no caso de uma infecção de rotina, a temperatura de uma criança exceder 41.7 °C.

O medo que a maioria dos pais tem sobre febre alta - definida como uma temperatura constante superior a 40°C durante vários dias -  é a preocupação com o desenvolvimento de crises convulsivas. 

A convulsão febril se manifesta com movimentos bruscos anormais em todo o corpo sem evidência de infecção do sistema nervoso central. As convulsões febris ocorrem mais comumente em crianças com idades entre três meses e cinco anos de idade e geralmente duram cinco minutos ou menos. 

Cerca de 3% de todas as crianças experienciam uma convulsão febril em algum momento durante a infância. As convulsões febris ocorrem mais comumente devido a um súbito aumento da temperatura e não devido a uma febre prolongada, a menos que a criança esteja desidratada.

Esta sensibilidade não é bem compreendida. Dentre as crianças que têm uma convulsão febril pela primeira vez, cerca de um terço experienciara uma recorrência. 

Os riscos para a recorrência são elevados em crianças que experienciam as primeiras convulsões na idade de 16 meses ou mais jovens, e que têm uma história familiar de convulsões febris

Em geral, de 30 a 40% das crianças que tiveram uma convulsão febril são susceptíveis a experienciar outra. Se a criança já teve duas convulsões febris, há uma chance de 50% que um episódio adicional ocorra em algum momento no futuro. Apesar de assustador, convulsões febris são quase sempre benignas. 

No entanto, se uma criança sofre uma convulsão febril, é importante procurar atendimento médico imediatamente. Além disso, se o seu filho está com menos de seis meses de idade, ou se uma criança mais velha teve uma febre de mais de 40°C por mais de quatro ou cinco dias, um profissional de saúde deve ser consultado.

A administração da febre em casa

Qual a melhor forma de tratar uma febre?



1. Incentivar a beber muita água.


A febre aumenta a perda de líquidos e a desidratação faz com que a febre permaneça elevada. Muitas vezes, as crianças com febre não sentem sede, ou quando chega a hora que ela pede algo para beber, ela já está desidratada. 

Fique oferecendo constantemente água, uma mistura de suco com água ou uma bebida à base de eletrólitos. 

Cada gota e colher de chá contam. Pequenos goles freqüentes são muitas vezes melhor, especialmente se a criança esta se sentido enjoada. Se necessário, use um conta-gotas de plástico que pode ser facilmente comprado em farmácias para inserir gentilmente água na boca do seu filho.

2. Vestir-se levemente ou agasalhar-se?

A resposta depende da percepção de temperatura de seus filhos - siga os sinais do doente. Se o seu filho parece pálido, com calafrios, ou se queixa de sensação geladas, agasalhe-o em camadas de tecidos respiráveis​​, mas certifique-se que as camadas são facilmente removidas. Se a febre é baixa, vesti-la confortavelmente e dar líquidos quentes para auxiliar na produção de febre pelo corpo. Se ele se queixa de estar muito quente, use tecidos leves respiráveis que fiquem próximos a pele e lençóis para o conforto.

3. Matar a febre de fome?

Crianças com febre geralmente não tem muito apetite e é muito mais importante manter-se hidratado do que consumir alimentos. Deixe o seu filho determinar quando e o que ela quer comer. Experimente alimentos leves, como caldo de galinha ou creme de cereal de trigo para ingestão de calorias e de fácil digestão.

4. Evite o açúcar branco refinado.

Tem sido documentado que o açúcar branco refinado pode inibir o sistema imunológico. Em um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, já em 1977 relata os efeitos adversos que o açúcar tem sobre o sistema imunológico. O sangue foi colhido de sujeitos e a atividade das células brancas do sangue que neutralizam os vírus e as bactérias foram observadas e calculadas. 

A atividade de células brancas do sangue foi calculada antes e depois dos indivíduos receberem várias doses de açúcar: 6 12, 18 e 24 colheres de chá respectivamente. Cada dose mais elevada de açúcar, criou posteriormente uma diminuição correspondente nas atividades das células brancas do sangue dos indivíduos. 

O grupo que consumiu a maior quantidade de açúcar teve essencialmente glóbulos brancos não - funcionantes (que não funcionavam) dentro de uma hora depois de consumir o açúcar. A imunossupressão ocorreu durante até duas horas após o consumo de açúcar, mas os efeitos adversos de nenhuma atividade de células do sangue persistiram em alguns casos por até cinco horas.

Por que evitar açúcar branco refinado é importante?

Os glóbulos brancos eliminam vírus e bactérias que invadem nossas defesas. Sem os esforços dessas células, a susceptibilidade à infecção é aumentada e a recuperação da infecção pode ser estagnada. Portanto, não ofereça as crianças com febres Coca-Cola, Fanta, ou quaisquer bebidas similares para uma dor barriga e sorvete para aliviar uma dor de garganta. 

Sem saber, essas doses pesadas de açúcar pode arrastar o sistema imunológico ainda mais para baixo em um momento em que ele precisa estar mais forte.

Medica ou não medicar?



Uma regra de ouro quando se trata de uma febre é "Em primeiro lugar, não fazer nada", o que significa que a observação é uma escolha melhor do que correr para o armário de remédios. 


O seu filho está bebendo líquidos bem? Ele esta urinando pelo menos uma vez a cada oito horas ou molha pelo menos oito fraldas por dia? O seu contato ou carinho a/o consola? Ele está tentando brincar? Se a resposta a estas perguntas for sim, isso provavelmente não é uma doença grave, apesar do número aparecendo no termômetro.

Os medicamentos para a febre podem agir como um dissimulador. Aqui estão alguns prós e contras em relação a dar ao seu filho medicamentos comprados na farmácia para aliviar a febre:

A noticia não tão má: Medicamentos alopáticos como o paracetamol (e outros similares) devem ser usado para o conforto. Se o seu filho esta se sentindo muito mal por causa de uma febre, um teste de uma ou duas doses pode ser dado como "teste de triagem." Se o seu filho parecer e funcionar muito melhor dentro de um curto período de tempo, é provável que a infecção não seja grave. Ele, então, terá mais propensão a beber líquidos, dar pequenas mordidas em alimentos, e dormir, se ele estiver um pouco mais confortável. Isso significa manter a febre ainda em torno de 38.5 ° C e não abaixa-la totalmente através destes medicamentos.

A notícia não muito boa: Vários estudos têm demonstrado que quando suprimimos/ inibimos a febre com medicamentos alopáticos, o corpo precisa de um tempo maior para se recuperar da infecção, doença:

• Em um estudo com crianças com catapora, o acetilaminofenol prolonga a coceira e tempo para formação de crostas em comparação ao tratamento com placebo. 


• Um estudo de adultos descobriu que a aspirina e paracetamol suprimiram a produção de anticorpos do paciente e aumentou os sintomas do resfriado, com uma tendência para um período muito mais longo de excreção viral e sintomas prolongados. 



O Importante e Fundamental



Use medicamentos contra a febre frugalmente quando seu filho sofre o desconforto de uma febre acima de 40°C.


Pergunte a si mesmo se você está administrando o medicamento para baixar a febre e para fazer o seu filho mais confortável ou para diminuir a sua própria ansiedade. Abordagens livres de drogas podem percorrer um longo caminho em direção a ajudar seu filho a se sentir melhor. 

Se a situação não parece urgente, considere óleo de lavanda, vitamina D 5000-50,000IU por dia e vitamina C (10 mg por quilo), e remédios homeopáticos antes de tirar do armário os medicamentos alopáticos contra febre.


A Homeopatia  é  um instrumento eficaz no tratamento de febre acima de 40°C.

Novamente como na advertência acima em relação ao tratamento da febre com medicamentos alopáticos contra febre comprados na farmácia; similarmente remédios homeopáticos não devem ser usados de maneira supressiva e, portanto inibidora da febre devido à ansiedade e fobia da febre dos pais, mas como ferramenta de suporte e alivio em febres acima de 40°C ou 41°C. 

No próximo artigo enumerarei alguns remédios homeopáticos para a febre.


Referencias:
Am J Dis Child. 1980 Feb;134(2):176-81. “Fever phobia: misconceptions of parents about fevers.”
Pediatrics. Vol 90. Issue 6, pp. 851-854, 12/01/1992. “Fever phobia: the pediatrician’s contribution.”
Pediatrics Vol. 107 No. 6 June 2001, pp. 1241-1246.
Pediatrics Vol. 105 No. 5.  May 2000, pp. 1009-1012.  “Alternating Antipyretics: Is This an Alternative?”
Am J Clin Nut 1977;30:613 “Depression of lymphocyte transformation following oral glucose ingestion.”
J Pediatr 1989; 114:1045-1048. “Acetaminophen: more harm than good for chickenpox?”
Infect Dis 1990; 162:1277-1282. “Adverse effects of aspirin, acetaminophen, and ibuprofen on immune function, viral shedding, and clinical status in rhinovirus-infected volunteers.”

Este artigo fornece informações gerais para ajudar as pessoas a entender a cura homeopática, filosofia ou os processos fisiológicos naturais do organismo, mas não é um substituto para aconselhamento médico pessoal do profissional de saúde, médico  convencional, médico homeopata ou homeopata profissional.


Dra. Renata Hines – Homeopata Unicista ha 24 anos.