Arquétipos em Frascos de Medicamentos Homeopático
O trabalho da re-integração da mente e do cérebro no tratamento homeopático da doença mental
Quando queremos compreender a natureza da mente nos voltamos para mestres tal como Carl Jung.
Quando queremos contemplar a natureza do desespero profundo, existencial,
podemos recorrer a filósofos tais como Kierkegaard, Sartre, e etc. ou ao nosso mestre, padre ou aconselhador espiritual. Quando queremos que
um membro de nossa família (nosso
cônjuge, irmão ou irmã, mãe ou a criança) se recupere de sintomas de depressão,
ansiedade, ou outro problema mental grave ,
pensamos em levá-los a um psiquiatra, que provavelmente irá prescrever um agente químico psicotrópico. Estamos presos
em um dualismo e contradição desconcertante. Uma atração intuitiva na direção
da cura da mente e do espírito está cada
vez em oposição a uma aceitação sem
oposição do pressuposto de que
distúrbios mentais são o resultado de anomalias no cérebro.
Qual é a relação entre a mente e o espírito para o cérebro? Existe mais na mente do que apenas o cérebro? Ou a mente é meramente uma ficção, uma abstração poética, que podemos ignorar quando precisamos "levar a sério" o tratamento da doença emocional? É óbvio a medicina "moderna" optou pelo modelo materialista e reducionista, ou seja, que a doença mental e emocional é uma doença causada biologicamente e quimicamente e que é tratável e expressa por desequilíbrios neuro-humorais com raízes na herança genética. Tratamento "real", portanto, consiste da gestão dos sintomas através de modulação química dos neurotransmissores. O mapa médico do cérebro concentra-se nas sinapses entre os neurônios e à nível molecular, os locais dos receptores da serotonina, dopamina e norepinefrina.
Um século atrás, muito
antes da descoberta casual dos efeitos de elevação do humor de certas drogas uma
revolução na psiquiatria tinha começado. Os médicos começaram a levar a sério
as idéias do neurologista vienense Sigmund Freud. Na década de 1930, a idéia do
"inconsciente", o "superego", a presença de pulsões
instintivas e de supressão tinham
entrado na cultura popular. Os doutores levaram a sério a existência de
"complexos" inconscientes, e a doença "neurótica" foi
abordada com profundo respeito pelos símbolos dos sonhos e da imaginação, da
necessidade de se conscientizar os conflitos,
traumas e emoções anteriormente reprimidos, da possibilidade do poder curativo de trabalhar
através de questões profundas em um processo de transferência com o terapeuta. Contudo
foi o grande Carl Jung quem traçou um terreno ainda mais profundo da mente,
postulando a existência de um inconsciente coletivo que continha impulsos
arquetípicos, padrões primordiais e complexos míticos que se desenrolavam em um
reino que influencia e transcende o indivíduo sofredor. Era através da
integração desses impulsos arquetípicos individuais e coletivos que ocorre a
auto-realização e a cura.
Podemos observar como é diferente a análise computadorizada de PET-scans do cérebro a partir da cartografia de Freud e Jung! Por um lado, nos instalamos profundamente em uma linguagem arcaica repleta de descrições de lutas de poder mítico entre forças cósmicas do instinto e super-ego, Self e Ego, individuação versus regressão. Por outro lado, estamos deslumbrados por iluminação computadorizada de alta tecnologia de variações metabólicas entre cérebros ou partes de cérebros "doentes" versus cérebros "normais"! É como se a realidade subjetiva da Mente estivesse em um universo completamente diferente da realidade objetiva, dissecada por nossos sofisticados dispositivos de imagem. Temos provas de que o cérebro existe e boa evidência de que os desequilíbrios neurotransmissores desempenham um grande papel na perturbação mental. Que prova temos para a existência da mente? Temos terapias baseadas na química do cérebro. Onde está a nossa medicina (além de conversa) com base no mapa da mente traçado por Freud e Jung? Mesmo os terapeutas da fala parecem estar se afastando dos conceitos baseados na psicologia profunda (baseados na existência ontológica da mente com profundidade) em direção à modelos de tratamento que, por exemplo a terapia cognitivo-comportamental, parecem complementar melhor uma abordagem principalmente clínica e psicofarmacológica a saúde mental.
A psicofarmacologia e a psicologia da profundidade operam a partir de dois paradigmas fundamentalmente diferentes. Você pode imaginar um diálogo entre as duas disciplinas? É difícil, porque não só falam em línguas totalmente diferentes, mas também operam a partir de suposições muito diferentes. Não é surpreendente, então, que, apesar dessa incongruência, a terapia "combinada" de drogas e conversas se tornou o padrão de atendimento? A suposição não provada, mas aparentemente comum, é que o tratamento farmacológico do "componente biológico" de uma doença psiquiátrica permite ao paciente avançar na terapia. O modelo implícito é que a "depressão", a "ansiedade" ou outro distúrbio mental podem ser separados em componentes biológicos, cognitivos e afetivos (emocionais). Sem abordar o primeiro com um agente biológico "sério", o paciente pode ficar "preso" em seu trabalho terapêutico. Este modelo desajeitado é atrativo porque acasala a eficácia assim chamada dos agentes biodinâmicos (drogas farmacológicas) com nossa atração intuitiva para a terapia orientada ao insight (introspecção).
Podemos observar como é diferente a análise computadorizada de PET-scans do cérebro a partir da cartografia de Freud e Jung! Por um lado, nos instalamos profundamente em uma linguagem arcaica repleta de descrições de lutas de poder mítico entre forças cósmicas do instinto e super-ego, Self e Ego, individuação versus regressão. Por outro lado, estamos deslumbrados por iluminação computadorizada de alta tecnologia de variações metabólicas entre cérebros ou partes de cérebros "doentes" versus cérebros "normais"! É como se a realidade subjetiva da Mente estivesse em um universo completamente diferente da realidade objetiva, dissecada por nossos sofisticados dispositivos de imagem. Temos provas de que o cérebro existe e boa evidência de que os desequilíbrios neurotransmissores desempenham um grande papel na perturbação mental. Que prova temos para a existência da mente? Temos terapias baseadas na química do cérebro. Onde está a nossa medicina (além de conversa) com base no mapa da mente traçado por Freud e Jung? Mesmo os terapeutas da fala parecem estar se afastando dos conceitos baseados na psicologia profunda (baseados na existência ontológica da mente com profundidade) em direção à modelos de tratamento que, por exemplo a terapia cognitivo-comportamental, parecem complementar melhor uma abordagem principalmente clínica e psicofarmacológica a saúde mental.
A psicofarmacologia e a psicologia da profundidade operam a partir de dois paradigmas fundamentalmente diferentes. Você pode imaginar um diálogo entre as duas disciplinas? É difícil, porque não só falam em línguas totalmente diferentes, mas também operam a partir de suposições muito diferentes. Não é surpreendente, então, que, apesar dessa incongruência, a terapia "combinada" de drogas e conversas se tornou o padrão de atendimento? A suposição não provada, mas aparentemente comum, é que o tratamento farmacológico do "componente biológico" de uma doença psiquiátrica permite ao paciente avançar na terapia. O modelo implícito é que a "depressão", a "ansiedade" ou outro distúrbio mental podem ser separados em componentes biológicos, cognitivos e afetivos (emocionais). Sem abordar o primeiro com um agente biológico "sério", o paciente pode ficar "preso" em seu trabalho terapêutico. Este modelo desajeitado é atrativo porque acasala a eficácia assim chamada dos agentes biodinâmicos (drogas farmacológicas) com nossa atração intuitiva para a terapia orientada ao insight (introspecção).
E se houvesse um sistema de medicina que mais
verdadeiramente complementasse os insights ou percepções dos psicólogos de
profundidade? E se pudéssemos colocar um arquétipo em uma garrafa, por assim
dizer, para que a percepção e o auto-reconhecimento pudessem se desenvolver
simplesmente tomando uma pílula? E se, depois de desenterrar um dilema profundo
e profundamente sofrido por um paciente, um terapeuta pudesse dar ao paciente
um remédio que realmente ajudasse a resolver esse dilema, esse conflito
central, dentro de suas células? Todos nós sabemos e reconhecemos a divisão
entre a cabeça e o coração quando o vemos. Um paciente pode explicar com uma
sofisticação surpreendente como ele veio a ser como ele é. Essa compreensão
traz necessariamente liberdade? Não, não traz quando fica na cabeça! Não,
quando o sentimento é profundo dentro das células. E este é o caso com todos
nós.
Uma medicina verdadeiramente holística não agiria pela manipulação da química do cérebro para reprimir os sintomas de síndromes clínicas em estágio final, mas deveria refletir de volta para o paciente uma imagem que ressoa com sua própria maneira particular de ficar fora de equilíbrio, portanto ajudando o individual retornar a um lugar de equilíbrio psicológico. Este tipo de medicina faz exatamente o que um bom terapeuta faz: refletir de volta para o paciente uma imagem que é verdadeira em sua correspondência com seus sentimentos e dilemas mais profundos.
Uma medicina verdadeiramente holística não agiria pela manipulação da química do cérebro para reprimir os sintomas de síndromes clínicas em estágio final, mas deveria refletir de volta para o paciente uma imagem que ressoa com sua própria maneira particular de ficar fora de equilíbrio, portanto ajudando o individual retornar a um lugar de equilíbrio psicológico. Este tipo de medicina faz exatamente o que um bom terapeuta faz: refletir de volta para o paciente uma imagem que é verdadeira em sua correspondência com seus sentimentos e dilemas mais profundos.
Homeopatia está se tornando entendida tal qual como um medicamento. Como tal, é revolucionária em sua abordagem. Em vez de relegar a psicofarmacologia ao papel da manipulação grosseira dos níveis de neurotransmissores sinápticos, o medicamento homeopático escolhido torna-se um símbolo ativo e um mediador da compreensão mais profunda alcançada pelo paciente e homeopata. Em vez de induzir quimicamente o paciente a sair de uma rotina presumivelmente biologicamente determinada, o remédio informa ao paciente, a um nível fisiológico profundo, como escalar por si só, de sua postura disfuncional e inadaptada aos desafios da vida para um lugar de maior liberdade, flexibilidade, e equilíbrio. A diferença aqui é entre erradicar ou reprimir os sintomas pela força da química, versus oferecer ao paciente um modelo com o qual ele vai se livrar de seu sofrimento no raiz ou no seu centro.
O clichê dito
por aí “ a mente e o corpo estão conectados” se tornou moda de expressão
mas sem nenhum profundidade e usada
superficialmente. Podemos então aceitar o fato de que a mente e o corpo são
dois aspectos, duas expressões, do mesmo organismo e de todos os seus
conflitos? O sofrimento não é meramente um epifenômeno* de mau funcionamento orgânico. É uma expressão da consciência. A
psicofarmacologia presume que as anormalidades bioquímicas causam a depressão.
Talvez a verdade mais profunda seja que a mente e o espírito do organismo - o
que os homeopatas chamam de força vital - usam o corpo, incluindo o cérebro,
para expressar sua doença! A natureza dos sintomas; a constelação única de sintomas mentais,
emocionais e físicos; forma uma descrição detalhada e descritiva da condição
interna do organismo. Sintomas, na sua natureza essencial, não são sequelas
acidentais de fiação defeituosa ou processos patológicos. São as letras e as
palavras desta afirmação! O organismo está expressando seu estado, e os
sintomas são os materiais de trabalho de sua expressão.
Assim, da próxima vez que
for confrontado com um problema psicológico em um ente querido, um amigo ou em
si mesmo, não assuma que o tratamento "sério" tem de ser químico. O
tratamento mais curativo, profundo e moderno é também o mais suave, porque ele
trabalha com a própria unidade do organismo para o equilíbrio e cura, e por
isto é também o mais saudável e permanente. A homeopatia não fragmenta o
indivíduo em psique por um lado, e soma por outro, daí a cura que ela provoca
no plano emocional também se torna evidente no plano físico. Por fim, a
homeopatia nos dá uma idéia de como entender nossos sentimentos e nossa
situação que não separa nossa mente de nosso cérebro, nossa cabeça de nosso
coração e nossa atração intuitiva para aquilo que é profundo da nossa
necessidade de fazer o que é prático.
Quando a homeopatia é
compreendida pela psiquiatria e pela comunidade de saúde mental, ela trará uma
revolução no tratamento da doença mental. Quando a homeopatia se torna o
tratamento de escolha para a maioria das doenças, ela mudará para sempre a
nossa compreensão do papel da consciência na saúde e na doença.
Glossário: